Títulos de renda fixa isentos ?
Títulos isentos de renda fixa sofrem forte baixa após medidas do Governo – mas um ativo se destaca
CRAs, CRIs, LCIs e LCAs, que tiveram suas emissões limitadas pelo Conselho Monetário Nacional, registraram uma grande redução nos volumes em fevereiro, revela estudo do Itaú BBA. As mudanças feitas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no início deste mês, já foram percebidas pelos investidores e mensuradas pelo mercado. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Imobiliários (CRIs), bem como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Imobiliário (LCIs), apresentaram uma grande baixa nos volumes financeiros no mês de fevereiro, indica um estudo do Itaú BBA divulgado nesta quarta-feira (28).
De acordo com a pesquisa, o efeito foi maior entre os papéis corporativos, com ênfase para os CRAs, que viram o volume financeiro diminuir 83% entre os dias 1º e 26 deste mês, em relação à média dos seis meses anteriores. O valor chegou a R$ 718 milhões no período, bem abaixo dos R$ 4,2 bilhões, em média, registrados entre agosto e dezembro de 2023.
O número de pedidos de registros de CRAs na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também apresentou baixa, ao passar de 17, em janeiro, para 9, desde o dia 1º deste mês até a última segunda-feira (26). Situação semelhante foi observada com as emissões de CRIs, que caíram 59% em fevereiro em relação à média dos seis meses anteriores. Entre os dias 1 e 26 deste mês, o volume financeiro de CRIs chegou a R$ 2,3 bilhões — valor inferior aos R$ 5,6 bilhões registrados, em média, entre agosto e dezembro de 2023. Queda no volume de LCAs e LCIs
Entre as letras de crédito, a redução do volume depositado na B3 foi mais expressiva para os títulos relacionados ao setor imobiliário (LCIs), em que o valor recuou 69%, em comparação com a média vista entre agosto e dezembro de 2023. O volume depositado na B3 de LCIs bateu R$ 8,9 bilhões entre os dias 1 e 26 deste mês, bem abaixo dos R$ 28,3 bilhões, em média, registrados seis meses antes. Os dados são da B3 e do Itaú BBA.
Queda também entre LCAs, que viram o volume depositado na B3 bater R$ 16,9 bilhões, desde o começo do mês até a última segunda-feira (26), o que representa uma contração de 54%, em relação à média de R$ 36,7 bilhões registrada nos seis meses anteriores. Debêntures em situação oposta
As debêntures incentivadas (que possuem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas) e as tradicionais, por outro lado, apresentaram tendência oposta ao que foi visto com os demais títulos de renda fixa.
No caso das debêntures com isenção de IR, o número de pedidos de registro na CVM aumentou de 11, em janeiro, para 14 entre os dias 1 º e 26 deste mês. Da mesma forma, o volume financeiro cresceu 38% no mesmo período e chegou a R$ 12,2 bilhões, em relação aos R$ 8,9 bilhões vistos, em média, nos meses de agosto e dezembro de 2023.
Já o volume financeiro de debêntures tradicionais, sem isenção para a pessoa física, alcançou R$ 19,6 bilhões, entre o começo do mês e a última segunda-feira
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