COMO DIVERSIFICAR SUA CARTEIRA E AUMENTAR SUA RENTABILIDADE COM A SELIC EM BAIXA
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Como aproveitar as melhores opções de investimento com a Selic em 11,25%?
Especialistas indicam as alternativas mais rentáveis na renda fixa e na renda variável – mas elas não vão durar para sempre.
A redução da taxa Selic para 11,25% ao ano pelo Banco Central cria um desafio para os investidores: os juros ainda são atrativos, mas não dá para ficar parado.
“O investidor não pode manter o mesmo portfólio durante toda a queda da Selic sem perder retorno”, Veja a seguir as oportunidades na renda fixa e na renda variável. Renda fixa
Inflação em queda, economia em recuperação e chance de controlar o aumento de preços sem crise nos Estados Unidos fazem dos papéis ligados à inflação as melhores escolhas, de acordo com os analistas. “Nós já temos juro real há bastante tempo e continuamos confiantes nessa posição”, o juro real neutro no Brasil deve ficar entre 4% e 4,5%, contra 5,49% a 5,72% pagos hoje de juro real pelos títulos do Tesouro IPCA+.
Além da proteção contra a inflação, o Tesouro IPCA+ oferece possibilidade de ganhos com a marcação a mercado: os papéis comprados agora tendem a se valorizar quando as taxas se aproximarem do que o mercado acha justo. “Estamos chegando a taxas mais interessantes (segurar o papel até o vencimento) e vai ficando mais difícil comprar pensando em marcação a mercado”. os últimos dados de inflação e as projeções com o “copo meio cheio”.
As taxas do Tesouro IPCA+ “devem ir para perto de 5%”, abrindo espaço para valorização de títulos emitidos atualmente. Para prefixados, é consenso entre os especialistas que as taxas não devem cair muito e, portanto, não há motivos para comprá-los pensando em marcação a mercado. Já os títulos ligados à Selic são vistos como boas opções, mesmo com a queda da taxa. “Se o investidor mantiver a alocação estrutural em pós-fixados ainda estará muito bem colocado”.
Crédito privado
No crédito privado, os ativos isentos são os preferidos de 2024. Uma opção é “deixar uma parte do portfólio em juro real (títulos públicos ligados à inflação) e aumentar rendimento alocando em crédito privado”.
“Agora é um bom momento para comprar debêntures e ativos de crédito”, como CRIs e CRAs.Fundos imobiliários
Nos fundos imobiliários, apesar da queda da Selic, a oportunidade está nos fundos de papel, que investem em títulos de renda fixa normalmente ligados ao CDI. A recomendação pode ser contrária ao senso comum, mas analistas garantem: esses FIIs estão sendo negociados por preços “injustos”, levando em conta seu valor patrimonial. “Ainda há muita distorção entre preço e valor nos fundos de papel, alguns muito descontados”.
Quando os juros caem, os títulos que que compõem as carteiras dos fundos de papel tendem a valorizar, mas as cotas dos fundos não acompanham a mudança na mesma velocidade.
Ações
Já com a Bolsa, os especialistas adotam otimismo moderado. Empresas consideradas defensivas são as indicadas para as carteiras, apoiadas em geração de caixa constante, receita em dólar e baixo impacto das taxas de juros na atividade. Companhias mais ligadas ao ciclo doméstico ainda são vistas com cautela
Como proteger nosso portfólio de ações no Brasil, priorizando bancos, serviços públicos e empresas de transporte com desempenho mais consistente”.
Setores a fugir:
consumo, saúde e siderurgia.
Para a Finacap, empresas relacionadas a commodities, com receita em dólar, e as que oferecem serviços básicos, nos setores de energia e saneamento, são alternativas confiáveis para o momento. Para quem aceita aumentar o risco na carteira, empresas de saúde, educação e do setor imobiliário podem ser boas opções por se favorecerem dos juros em baixa.
Seja qual for a escolha, quanto mais o investidor demorar a entrar na Bolsa, menor será a recompensa para o risco assumido. “Se o seu perfil permite, coloque Bolsa gradualmente na carteira”.
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