INVESTIMENTOS DIRETOS NO BRASIL CAEM EM 2023, MAS RESERVAS INTERNACIONAIS CRESCEM
Em 2023, o Brasil recebeu US$ 62,0 bilhões de investimentos diretos no país (IDP), o que corresponde a 2,85% do PIB, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (5). Esse valor foi menor que os US$ 74,6 bilhões (3,82% do PIB) registrados em 2022.
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De acordo com o BC, houve uma redução de US$ 5,0 bilhões no fluxo líquido de participação no capital – sem contar os lucros reinvestidos – que passou de US$ 36,6 bilhões em 2022 para US$ 31,6 bilhões em 2023, enquanto os lucros reinvestidos aumentaram US$ 662 milhões (de US$20,6 bilhões para US$21,2 bilhões, na mesma comparação).
O fluxo líquido de operações intercompanhias diminuiu US$ 8,4 bilhões (US$9,1 bilhões em 2023, contra US$17,5 bilhões em 2022). Dezembro
No último mês do ano, os investimentos diretos tiveram um saldo líquido negativo de US$ 389 milhões, similar ao saldo líquido negativo de US$ 479 milhões observado em dezembro de 2022.
No mês, o fluxo líquido de participação no capital foi de US$ 924 milhões, formado por US$ 4,9 bilhões de participação no capital sem contar os lucros reinvestidos, e US$ 4,0 bilhões negativos de lucros reinvestidos. As operações intercompanhias registraram um saldo líquido negativo de US$ 1,3 bilhão. Os investimentos diretos brasileiro no exterior (IDE) somaram aplicações líquidas de US$ 1,5 bilhão em dezembro de 2023, abaixo dos US$ 2,7 bilhões em dezembro de 2022. No acumulado de 2023, os fluxos de IDE totalizaram aplicações líquidas de US$ 28,3 bilhões, inferiores aos US$ 33,4 bilhões em 2022.
O BC informou também que os investimentos em carteira no mercado doméstico tiveram um saldo líquido negativo de US$8 32 milhões em dezembro de 2023, resultado de entradas líquidas de US$ 51 milhões em ações e fundos de investimento e saídas líquidas de US$ 883 milhões em títulos de dívida. No ano de 2023, essas entradas líquidas foram de US$ 8,6 bilhões, com saídas líquidas de US$1,1 bilhão em ações e fundos de investimentos e entradas líquidas de US$ 9,8 bilhões em títulos de dívida – comparado com entradas líquidas de US$ 7,7 bilhões em 2022.
Em dezembro de 2023, o Brasil tinha US$ 355,0 bilhões de reservas internacionais, o que significou um acréscimo de US$ 6,6 bilhões em comparação com o mês anterior.
O crescimento se deveu, principalmente, a efeitos positivos de variações por preços, US$ 4,5 bilhões, e de variações por paridades, US$ 1,0 bilhão. Os rendimentos de juros totalizaram US$ 669 milhões.
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