O Brasil teve um superávit primário de R$ 102,1 bilhões
O Brasil começou o ano com as contas públicas no azul.
Mas ainda longe de equilibrar o rombo fiscal.
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Segundo o Banco Central, o setor público teve um superávit primário de R$ 102,1 bilhões em janeiro, o maior para o mês desde 2023.
Mas isso não foi suficiente para evitar um déficit de R$ 246 bilhões em 12 meses, o equivalente a 2,25% do PIB.
Ou seja, o governo gastou mais do que arrecadou, mesmo sem contar os juros da dívida.
O resultado positivo de janeiro se deve principalmente ao Governo Central, que economizou R$ 81,3 bilhões, graças ao aumento das receitas e à redução das despesas.
Os governos regionais também colaboraram, com um saldo de R$ 22,5 bilhões. Já as estatais registraram um prejuízo de R$ 1,7 bilhão.
O resultado nominal, que inclui os juros da dívida, também foi favorável em janeiro, com um superávit de R$ 22,2 bilhões.
Mas, em 12 meses, o déficit nominal chegou a R$ 991,9 bilhões, ou 9,06% do PIB. Isso mostra o peso dos juros na conta pública, que consomem quase 7% do PIB.
A dívida líquida do governo, que é a diferença entre o que ele deve e o que ele tem, caiu para 60% do PIB em janeiro, uma queda de 0,8 ponto percentual em relação a dezembro. Isso se explica pelo superávit primário, pelo crescimento do PIB e pela desvalorização do dólar, que reduz o valor da dívida externa.
Mas a dívida bruta, que é o total que o governo deve, subiu para 75% do PIB, um aumento de 0,7 ponto percentual. Isso se deve aos juros, à emissão de novos títulos e à variação cambial.
Esses números mostram que o Brasil ainda tem um desafio enorme para colocar as contas públicas em ordem, e que é preciso fazer reformas estruturais para reduzir o gasto público e aumentar a confiança dos investidores.
Caso contrário, o país corre o risco de entrar em uma espiral de endividamento e inflação, que compromete o crescimento econômico e o bem-estar da população.
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