O GOVERNO CONTINUA GASTANDO MAIS DO QUE ARRECADA COLOCANDO EM RISCO AS CONTAS PÚBLICAS

 
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Tesouro Direto: títulos de inflação caem para até 5,46% acompanhando Treasuries Os papéis atrelados à inflação do Tesouro Direto, programa de investimento em títulos públicos, registraram queda nas taxas nesta quinta-feira, seguindo o movimento dos Treasuries, os títulos da dívida americana. Os investidores reagiram à decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, de manter os juros próximos de zero e sinalizar que não pretende apertar a política monetária tão cedo, mesmo com a alta da inflação no país. 

O governo federal continua gastando mais do que arrecada e colocando em risco a saúde das contas públicas.

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Nesta quarta-feira (24), os investidores reagiram com desconfiança à nova rodada de bondades do Planalto, que anunciou um pacote de de R$ 300 bilhões para a indústria e a prorrogação de um regime tributário especial para os portos.

Enquanto isso, os títulos da dívida brasileira perderam valor no mercado, acompanhando a queda dos juros dos papéis americanos.

Os Estudos Unidos, ao contrário do Brasil, tem uma política fiscal responsável e um controle efetivo da inflação.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, admitiu que a extensão do Reporto, que reduz os impostos para as empresas do setor, custará entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões aos cofres públicos. Mas ele não explicou de onde sairá esse dinheiro, nem como isso afetará a meta de zerar o déficit primário em 2024.

O programa “Nova Indústria Brasil”, lançado na véspera, também não convenceu os analistas. O plano prevê financiamentos e subsídios para o setor produtivo, mas não apresenta medidas concretas para melhorar a competitividade, a inovação e a abertura comercial do país.

O governo parece ignorar que o Brasil precisa de reformas estruturais, e não de soluções paliativas, para retomar o crescimento econômico e o equilíbrio fiscal. A população, que paga a conta dessa irresponsabilidade, merece mais respeito e transparência.

O governo Lula tenta evitar mais uma derrota no Congresso, onde enfrenta a resistência dos parlamentares aos seus vetos a parte das emendas de comissão. O Planalto busca negociar com os partidos da base aliada, mas não tem garantia de apoio.

Enquanto isso, os investidores aproveitam a queda dos juros dos títulos públicos para comprar papéis do Tesouro Direto. O Tesouro Prefixado 2026, por exemplo, pagava 9,75% ao ano na manhã desta quarta-feira, uma redução de 0,05 ponto percentual em relação à véspera. 

O Tesouro Prefixado 2029 também cairá, de 10,49% para 10,42%.

Essa queda dos juros reflete a expectativa de que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 6,5% ao ano na próxima reunião do Copom, em fevereiro. Mas essa estabilidade pode ser ameaçada pela inflação, que fechou 2023 em 7,64%, acima do teto da meta.

O governo Lula precisa mostrar mais responsabilidade fiscal e menos populismo, se quiser recuperar a confiança dos investidores e dos consumidores. O Brasil não pode continuar refém de uma política econômica que privilegia o gasto público e o endividamento, em detrimento do crescimento e do equilíbrio das contas.

O governo não consegue controlar a inflação, que corrói o poder de compra dos brasileiros e afasta os investidores. Nesta quarta-feira (24), os títulos públicos indexados ao IPCA, o índice oficial de preços, perderam atratividade no mercado, com a queda dos juros. O Tesouro IPCA+ 2029, por exemplo, pagava 5,46% ao ano acima da inflação, uma redução de 0,04 ponto percentual em relação ao dia anterior. 

O Tesouro IPVA+ 2032 ei Tesouro IPVA+ 2045 também caíram de 5,55% para 5,52% Ede 5,74% para 5,71% respectivamente.

Essa queda dos juros reais mostra que os investidores estão desconfiados da capacidade do Banco Central de cumprir a meta de inflação, que já foi estourada em 2023. O IPCA fechou o ano passado em 7,64%, bem acima do limite superior de 5,25%.

Pra 2024, a expectativa é de que a inflação fique em 6,10%, também acima do teto de 5%


O governo precisa adotar medidas urgentes para conter a escalada dos preços, que afeta principalmente os mais pobres. O Brasil não pode continuar sofrendo com uma política econômica que gera inflação, desemprego e recessão. A população, que paga a conta dessa irresponsabilidade, merece mais respeito e transparência.

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